
A Câmara de Azambuja tem vindo a perdoar dívidas atrás de dívidas, de inquilinos de fogos de habitação social por já se encontrarem prescritas. O ano passado as dívidas já ultrapassavam 400 mil euros que o município não encaixou, por ter feito «vista grossa» à cobrança das rendas que lhe eram devidas. Há sempre um vereador CDU e uma maioria PS, que dão maioria às decisões municipais.
Primeiramente o vereador Herculano Valada ( eleito pela CDU ) e desde 2021, a atual vereadora Mara Oliveira (eleita CDU) com o apoio dos executivos PS, tornaram possível que os devedores nunca pagassem as rendas por muito baixas que sejam.
Este mês, uma moradora/ inquilina da PER devedora de 48.239€ e por conta da
prescrição, viu a sua dívida reduzida administrativamente em 40.514€, fican do assim a dever apenas 7.725€. Segundo foi afirmado na sessão, foram os serviços jurídicos da câmara a pedido da vereadora Mara Oliveira que «ensinaram» a redigir o requerimento para a redução.
Refira-se ainda que este caso aponta para uma pessoa que não paga renda desde 2023, verificando-se também que, antes dessa data, também já tinha pagamentos em atraso.
Segundo a vereadora do Chega, Inês Louro,: «essa pessoa que se vê (pelo historial ) que são mais as vezes que não paga, não terá vontade de pagar pois nem sequer se dá ao trabalho de responder às perguntas do município» e concluiu: «nós estamos a beneficiar os infratores e ao fazê-lo a senhora vereadora (Mara Oliveira) sabe que isso é muito grave. Neste caso estamos a beneficiar esta pessoa em 40.000 €. E não é só questão do beneficiar, é a questão de estar a prejudicar todos os munícipes de Azambuja que poderíamos usufruir deste montante para uma outra estrutura».
A discussão continuaria até que o presidente Silvino Lúcio afirmou o seguinte:
«Oh senhora vereadora , isso é palavras, palavras do vento isso leva o vento! Portanto a senhora vereadora não se excite, tá muito excitada hoje !»
A vereadora abandonou a sala depois desta afirmação (ver notícia noutro local).
Já depois da saída de Inês Louro, a proposta de perdão da dívida e acordo de pagamento, foi aprovada pelo PS, PSD e CDU.
